Sobre o Projeto

Este Blog cumpre o objetivo de divulgar o Projeto Tecendo o Fio de Ariadne com Mulheres em Situação de Violência de Gênero - PROEXT 2016

Coordenado pela Profa. Dra. Gislaine da Nóbrega Chaves



Resumo do Projeto:

      A violência contra a mulher se constitui em um fenômeno universal, afetando sujeitos em sua condição de gênero, classe, raça/etnia, geração e orientação sexual. Faz-se necessário, pois, problematizar e criar estratégias de enfrentamento aos diversos tipos de violência de gênero, oportunizando o empoderamento das mulheres em situação de violência. A prática social da violência contra a mulher interfere em sua saúde, em sua aprendizagem, em seu desenvolvimento cognitivo e no seu trabalho, afetando sua qualidade de vida e sua contribuição cidadã à sociedade. Dentre os objetivos do projeto, destaca-se a abordagem do tema da violência de gênero com mulheres habitantes da Região Metropolitana do Vale do Mamanguape. Utilizar-se-á a metodologia de oficina pedagógica, abordando o fenômeno da violência pela pesquisa que se faz através da ação. O eixo estruturador da metodologia adotada fundamenta-se em oficinas de pesquisa compreendidas como realidades planejadas, em que as pessoas têm oportunidade de refletir, discutir, socializar e avaliar determinados temas e situações-problema. As mulheres a partir de suas reflexões e de suas falas, em processo de catarse, podem resinificar suas leituras de mundo por meio das oficinas de pesquisa. Nesse sentido, urge visibilizar as mulheres do Vale do Mamanguape e colocar a sua disposição uma rede de conhecimentos, saberes e fazeres, estreitando a relação da Universidade com a Comunidade.

Objetivo Geral do Projeto:


      Sensibilizar mulheres em situação de violência para a necessidade sobre a discussão das relações de gênero e para o conhecimento da Lei nº. 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), focalizando o direito de viver uma vida sem violência como um direito humano.

Objetivos Específicos Do Projeto:
  
   Oportunizar a troca de experiências entre mulheres a partir da discussão sobre a violência de gênero e sobre a Lei nº. 11.340 na Região Metropolitana do Vale do Mamanguape-PB. Para tanto, executaremos oficinas pedagógicas (vide quadro demonstrativo no item metodologia), tendo como eixos: gênero, subjetividade; direitos humanos e violência contra a mulher. Os conhecimentos obtidos propiciarão momentos de catarse em que as mulheres trabalhadoras poderão refletir sobre determinados conceitos, práticas e atitudes, estendendo o conhecimento obtido para as suas famílias e para a sua comunidade. Esse objetivo converge com a ação “Garantir implementação e aplicabilidade da Lei Maria da Penha, por meio de difusão da lei e do fortalecimento dos instrumentos de proteção dos direitos das mulheres em situação de violência” que consta no texto base do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher;
• Traçar um perfil sociodemográfico das mulheres colaboradoras das oficinas. O exercício proposto capacitará quadros para atuar em pesquisa qualitativa e em violência de gênero. Esse objetivo se coaduna à ação “Criação do Sistema Nacional de Dados sobre Violência contra a Mulher conforme previsto no artigo 38 da Lei Maria da Penha e do Registro Administrativo Unificado, para a construção de indicadores que permitam maior monitoramento, avaliação e elaboração”, que consta no texto base do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, uma vez que se constituirá como traço indicador para a realização de um banco de dados sobre a violência contra a mulher na Região Metropolitana do Vale do Mamanguape;

•Identificar algumas variáveis que contribuem para a reprodução da violência de gênero na Região Metropolitana do Vale do Mamanguape, abordando estratégias para o empoderamento da mulher e para a melhoria de sua qualidade de vida. Esse objetivo está atrelado à ação “Garantir a inserção das mulheres em situação de violência nos Programas Sociais nas três esferas de governo, de forma a fomentar sua independência e garantir sua autonomia econômica e financeira e o acesso a seus direitos”, que consta no texto base do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher. As estudantes bolsistas e voluntárias serão orientadas para planejar, executar e avaliar atividades em grupo, investigando e refletindo sobre a violência contra a mulher da região metropolitana do Vale de Mamanguape.

Metodologia do Projeto

    O eixo estruturador de nossa metodologia fundamenta-se nas oficinas pedagógicas. Compreendemos as oficinas pedagógicas como “(...) realidade planejada, em que as pessoas têm oportunidade de refletir, discutir, socializar e avaliar determinados temas e situações-problema.” (CHAVES; STORNI, 2002). O percurso metodológico das oficinas está apoiado no tripé: 

1) experiência com os objetos; 
2) experiência com as pessoas;
3) socialização das experiências;

(COLL, C. e MARTÍ, E., s/d)

    Sua realização exige, pois, preparo teórico e técnico por meio das dinâmicas que a compõem, já que o processo de aquisição de conhecimento, neste caso, dá-se por meio de uma situação-problema apresentada aos sujeitos colaboradores da pesquisa. Acreditamos que as mulheres podem, a partir de suas reflexões e de suas falas, em processo de catarse, ressignificar suas leituras de mundo por meio das oficinas pedagógicas. Portanto, compartilhando experiências ressignificarão concepções, conceitos e práticas vislumbrando sua inserção na sociedade, suas conquistas, seus avanços e seus recuos.

     A partir da prática das oficinas de pesquisa aqui adotada, objetivamos contribuir para a formação humana e educacional 
de mulheres, assim como para o seu empoderamento e para a promoção de sua qualidade de vida. Além disso, consubstancia-se uma possibilidade de diálogo com os saberes e fazeres produzidos por esse grupo no momento em que as oficinas ocorrem e depois disso também, já que o caráter multiplicador dessa prática educativa possibilita aos sujeitos em formação disseminar o conhecimento veiculado durante a execução das oficinas para outros espaços sociais. Além disso, traçaremos um perfil do grupo colaborador, visibilizando esse grupo e contribuindo não somente com o traçado de um registro público de dados, mas também para o encaminhamento de ações futuras a serem desencadeadas por instituições governamentais e não governamentais.






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